Distrito de Serinhaém: O distrito de Serinhaém se estendia ao sul do Rio Pirassinunga até o Norte do Rio Marcoype, e está perfeitamente extremado com marcos e pedras fincadas. A este distrito pertencia uma parte da freguesia de Ipojuca, desde os currais de Marcaype, compreendendo os engenhos de Francisco Soares Cunha e de Miguel Fernandes de Sá, e a freguesia de Una. No distrito existia a cidade chamada Vila Formosa de Serinhaém e a povoação de São Gonçalo de Una, além de alguns outros lugarejos. Dos 18 engenhos de Serinhaém, 11 não moerão e 07 foram confiscado, durante a ocupação holandesa.
O engenho de Serinhaém era movido à água e sua igreja dedicada a todos os Santos. Ficava localizado na margem esquerda do Rio Serinhaém/Serinhaém, a cerca de ½ milha de distância da cidade, suas terras tinham cerca de uma milha, com várzeas razoáveis. Podia produzir anualmente 2.000 a 3.000 arrobas de açúcar e pagava de recognição 02 arrobas em cada mil.
Nomes históricos: de Todos os Santos, Espírito Santo; Sirinhaém; Veajier Dios.
Durante a ocupação holandesa o engenho foi citado:
Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 Capitania de Pharnambocqve, plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ ∫pirito ∫an', na m.e. do 'R. SԐrinhajs' - 'Rº. SԐrinhain'.
Mapa PE (Orazi, 1698) Provincia di Pernambvco, plotado, 'de todos Santos', na m.e. do 'Cirinhaya' - 'Cirianhaya' - 'Siriânháỹa'.
O engenho pertenceu a Sebastião Vaz Ferreira (nada foi encontrado) falecido antes da ocupação holandesa e, era administrado pela sua a viúva (?) que teve de entregar o seu engenho, que se encontrava de fogo morto, a Francisco Fernandes Anjo, como sendo seu. Quando os holandeses estiveram nas terras do engenho nada encontraram que pudesse ser tomado para a Companhia das Índias Ocidentais.
Francisco Fernandes Anjo – Durante a ocupação holandesa a Pernambuco estava sob o passaporte dos invasores, depois voltou para o lado dos luso-brasileiros. Capitão-mor. Participou da Restauração Pernambucana.
Casamento 01: D. Joanna de Albuquerque, filha de Gonçalo Mendes Leitão e de D. Antônia de Albuquerque.
Filhos: Francisco Fernandes Anjo c.c. (?); Manoel Fernandes Anjo c.c. (?); D. Maria de Albuquerque c.c. Cap. Diogo de Araújo de Azevedo (homem honrado da Ponte da Barca).
Senhor do engenho Veajier Dios, antes Todos os Santos/Serinhaém
Fontes Consultadas:
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais de 1926.
Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Volume 16. Pág. 63.
Segundo o Relatório de Schott (1636) o engenho que pertencia a Francisco Fernandes Anjo passou a ser chamado de Veajier Dios.
Nas terras do engenho, em 24/10/1636, houve uma batalha que destruiu seus canaviais e Francisco Anjo teve que recuperar seus canaviais.
No século XX o engenho Serinhaém/Sirinhaém aparece como pertencente a Mendes, Lima & Cia .
Mendes, Lima & Cia – Antônio Fernandes Ribeiro foi o fundador da firma "Barros, Mendes & Cia", em sociedade com os portugueses: João José Rodrigues Mendes e Gonçalo Alfredo Alves Pereira, sucedida por "Mendes, Lima & Cia, ao brasileiro José Adolpho de Oliveira Lima. A firma iniciou suas atividades comerciais com a compra de bacalhau, e depois como importadora do mesmo produto. Anos depois interessou-se pela atividade açucareira como comissária e exportadora de açúcar, que adquiria por financiamento antecipado a Engenhos e Usinas. Desse modo conseguiu acumular considerável patrimônio, por compra, ou em ressarcimento daquelas unidades incapazes de saldarem seus compromissos, conforme observa-se pelo levantamento do ativo da empresa por ocasião do inventário procedido com o falecimento do sócio Joaquim Lima d'Amorim que ingressara na firma em 1900, e cujos bens estavam assim arrolados as Usinas: Perseverança; Trapiche; Ubaquinha. engenhos: Anjo/Serinhaém, Cachoeira Nova, Cachoeira Velha, Camaragibe, Gindaí ou Gindahi/Serinhaem; Jaciru, Jardim/Catende; Jacaré/Goiana; Laje Nova/Palmares; Machado, Mangueira/Água Preta; Palma, Porto Alegre, Rosário; Canto Escuro; Santana, São Bras Coimbero/Cabo de Santo Agostinho; São Domingos/Barreiros; Fluminense; Sapucaia, Serinhaem depois Todos os Santos, Sibiró do Cavalcanti, Trapiche; Ubaca, Ubaquinha, Xanguá.
Fontes consultadas:
PEREIRA, Levy. "De todos ∫antos". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em:http://lhs.unb.br/biblioatlas/De_todos_%E2%88%ABantos. Data de acesso: 02/11/2013.
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