quarta-feira, 29 de julho de 2015

25 de julho: Dia Internacional da Mulher Negra

O Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho, é um marco internacional da luta e resistência da mulher negra contra a opressão de gênero, o racismo e a exploração de classe. A data foi instituída em 1992, no I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, para dar visibilidade e reconhecimento a presença e a luta das mulheres negras nesse continente. No Brasil, a situação da mulher negra ainda é muito critica e relembra os tempos da escravidão, pesquisas realizadas nos últimos anos, revelam que mulher negra apresenta o menor nível de escolaridade, trabalha mais, porém com rendimento mínimo, em condições precárias e de informalidade. A pobreza e a marginalidade reforça o preconceito e a condição de inferioridade, o que inibe a reação e luta contra a discriminação sofrida, em um sistema injusto e racista, herança do período escravocrata em nosso país. Apesar de algumas conquistas no mercado de trabalho, luta pelo direito a igualdade e ocupações em posições importantes, percebemos que é muto tímida a participação da mulher negra diante do universo negro. São poucas trabalhando como executivas, médicas, enfermeiras, juízas, dentre outras profissões e destaque na sociedade. Muitas politicas públicas já foram criadas para tentar amenizar esse problema que perdura por séculos, mas os resultados ainda são poucos satisfatórios. Por ser mais vulneráveis, em decorrência da violação dos direitos humanos, é indubitável que as mulheres negras precisam de politicas públicas especificas que possam incluí-las efetivamente, dentro de um contexto social marcado por desigualdades social, racial e de gênero. Dessa forma, talvez possam usufruir de seus plenos direitos como qualquer cidadã e definitivamente assumir o seu valor como mulher sem ser alvo da intolerância e do preconceito.

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